sábado, 29 de maio de 2010

O CANTO GREGORIANO NA LITURGIA

Por «Canto Gregoriano» se entende uma forma de Oração cantada – monódica, de género diatónico, modal e de ritmo livre – que a Igreja Católica adoptou, oficialmente, para a Liturgia da Cristandade Ocidental de Rito Romano (oportunamente, se explicará o significado da terminologia da definição).

A ARTE AO SERVIÇO DA ORAÇÃO, NO CANTO GREGORIANO

“No Canto Gregoriano, o texto fornece ao homem o alimento necessário ao espírito, a música traz-lhe o alimento de que o seu coração precisa. Assim, ambos contribuem, em conjunto, para uma completa expansão do ser humano nas suas relações com Deus” (Le Guennant).
“A música religiosa não é um complemento, ou um ornamento exterior, é a vida da própria oração, tomando a forma completa; está ligada à palavra, como a palavra ao pensamento, o pensamento à alma e a alma a Deus” (Rev. P. Sertillages, in: «Prière et Musique», p. 12).

FRUTO DO ESTUDO DO CANTO GREGORIANO

“O estudo do Canto Gregoriano nos fará sentir os maiores prazeres artísticos, nos proporcionará grandes compensações espirituais e será um importante meio de apostolado, se pudermos e quisermos corresponder aos desejos Pontifícios com os mais belos louvores litúrgicos” (Chanoîne Coudray).

LEGISLAÇÃO ECLESIASTICA SOBRE O CANTO GREGORIANO
– PRINCIPAIS DOCUMENTOS:

• • «Motu Proprio» de S. Pio X, de 22-NOV-1903 (vide, em anexo, o artigo "Sobre o «Tra le sollecitudini» de Pio X", pela Prof.ª Idalette García Giga)
Clicar para ver anexo;
• • Carta de S. Pio X ao Cardeal Respighi (Cardeal Vigário de Roma), datada de 8-DEZ-1903;
• • «Motu Proprio» de S. Pio X, sobre a Edição Vaticana, de 25-ABR-1904;
• • Decreto da Sagrada Congregação dos Ritos, sobre a Edição típica Vaticana, de 8-ABR-1908;
• • Constituição «Divini Cultus», de Pio XI, de 20-DEZ-1928;
• • Encíclica «Mediator Dei», de Pio XII, de 20-NOV-1947;
• • Encíclica «Musicae Sacrae Disciplinae», de Pio XII, de 25-DEZ-1955;
• • Instrução «De Musica Sacra», da Sagrada Congregação dos Ritos, aprovada e confirmada por Pio XII, em 3-SET-1958;
• • Constituição Conciliar «De Sacra Liturgia», Cap. VI, promulgada em 4-DEZ-1963, por Paulo VI;
• • Instrução «De Sacrorum alumnorum Liturgica Institutione», promulgada pela Sagrada Congregação dos Seminários e confirmada por Paulo VI, em 25-DEZ-1965;
• • Instrução «Musicam Sacram» – actualmente em vigor –, promulgada por Paulo VI, em 5-MAR-1967.

HISTORIA DO CANTO GREGORIANO

 A História do Canto Gregoriano pode dividir-se em quatro períodos principais:
1.– Período de formação: do começo da Igreja – sensìvelmente, desde o fim das perseguições (313) até S. Gregório Magno (590);
2.– Período de apogeu e de difusão: desde S. Gregório Magno (590-604) até ao século XIII – Notação da melodia e do ritmo;
3.– Período de decadência: do século XIII à primeira metade do século XIX;
4.– Período de restauro: da segunda metade do século XIX, até aos nossos dias (Chanoîne Coudray).

PRIMEIRO PERIODO
À medida que o canto se aperfeiçoava, organizavam-se, pouco a pouco, as formas do Culto – a Liturgia – sob o impulso dos Bispos: no séc. IV estavam constituídas, em volta dos grandes centros de difusão, tais como Milão, Constantinopla e Roma. Mas chegou o momento em que a preocupação de unificar o canto obrigou os Pontífices Romanos (S. Dâmaso, séc. IV), a orientar as suas tendências e, assim, de etapa em etapa, se chegou a S. Gregório Magno.
SEGUNDO PERIODO

S. Gregório I – que a História cognominou de «S. Gregório Magno» – nasceu em Roma em 542, tendo ocupado a Cátedra de S. Pedro entre 591 e 604.
S. Gregório foi admiràvelmente preparado para a sua obra musical, pela sua educação de nobre Romano, pela sua vocação Monástica, em que um dos principais serviços foi, precisamente, a organização da Liturgia, enfim, pelo seu génio musical. Segundo consta, S. Gregório teria composto, ele próprio (ou mandado compor) um certo número de peças, mas a sua principal acção foi, sobretudo:
– colher, seleccionar, ordenar as peças e dar a cada uma o seu lugar no ciclo Litúrgico, para formar o repertório que constituiu o «Antifonário»;
– reformar e levar à perfeição os cantos que se encontravam em uso;
– fundar a «Schola Cantorum», escola superior de Música Sacra” (Chanoîne Coudray).

Foi desta fundação que nasceu a chamada Escola Romana, e foi devido à importância da obra realizada por S. Gregório Magno que o canto Litúrgico da Cristandade Latina se chamou «Canto Gregoriano».

Este canto espalhou-se por Inglaterra e, especialmente, em França (Escola Galicana), com Pepino o Breve e Carlos Magno: no reinado deste último, os diáconos Petrus e Romanus, enviados pelo Papa Adriano, fundaram as duas célebres Escolas de Metz e St. Gall. Havia também a Escola Ambrosiana (que já existia antes de S. Gregório Magno) e a Escola Mozárabe (sobre esta parte da História – respeitante à obra de S. Gregório Magno – têem interesse os artigos do Rev. P. Froger, O.S.B., in: «Musique et Liturgie», N.ºs 15, 18 ss, 1950).

NOTAÇÃO DA MELODIA E DO RITMO

Os sons musicais exprimem-se por meio de sinais que se chamam notas: DO [UT] (*) – RE – MI – FA – SOL – LA – SI, e que se repetem, sucessivamente, pela mesma ordem. Estes nomes, usados por Guido de Arezzo (monge benedictino da Idade Média), correspondem às primeiras sílabas da 1.ª estrofe do Hino do Ofício de S. João Baptista:

«Ut queant laxis

Resonare fibris

Mira gestorum

Famuli tuorum

Solve polluti

Labii reatum

Sancte Ioannes».

(*) No ano 1673, Bononcini mudou o nome de «UT» para «DO».

Os manuscritos mais antigos que se conhecem não vão além do séc. IX e contêem diversos tipos de notação:

1.– Notação neumática, ou de neumas-acentos (notação «quironómica»), proveniente, principalmente, dos sinais tirados da Gramática Latina – acento agudo [´] e acento grave [`] – combinados de diferentes modos e colocados por cima do texto literário: uma notação melódica muito imperfeita, notação «in campo aperto», porque a falta de pauta não permitia precisar os intervalos das notas, mas rica em indicações sobre a interpretação expressiva das peças (na figura ut supra, se reproduz um fragmento do Grad. «Iustus ut palma», em notação de St. Gall e aquitana);
2.– Notação alfabética (de origem Grega, muito anterior a Guido de Arezzo), na qual as notas: LA – SI – DO – RE – MI – FA – SOL eram designadas, respectivamente, pelas letras A – B – C – D – E – F – G: era uma notação mais precisa, quanto aos intervalos, mas má, quanto à unidade dos neumas;

3.– Notação bilingue, ou dupla: neumática e alfabética;

4.– Notação diastemática, indicando os intervalos, utilizando as linhas levadas, progressivamente, ao número de quatro, que constituem, ainda hoje, o tetragrama Gregoriano: os neumas são empregados sobre o tetragrama, perdem em perfeição gráfica, até atingirem a forma geométrica e rígida da tipografia moderna. Os acentos primitivos transformaram-se em «pontos», colocados com precisão (neumas-pontos).
“Com a notação diastemática foi assegurada a precisão dos intervalos, mas este aperfeiçoamento foi, de certo modo, um empobrecimento: os detalhes rítmicos desapareceram e, essa deformação alterava o Canto Gregoriano, atingindo a própria origem da vida que o anima.

Em princípio, a tradição rítmica foi, na verdade, oral, tal como a tradição melódica. Desde que os artistas notaram a melodia «in campo aperto», juntaram-lhe as indicações rítmicas. Para alcançar esse objectivo, fundaram-se escolas regionais, cuja projecção foi extraordinária. Estas escolas conseguiram determinar o prolongamento (ou não prolongamento) e o carácter expressivo de certos grupos neumáticos e/ou de certas notas. Os estudos comparativos, feitos sobre os manuscritos, provam que, com meios por vezes diferentes, mas idênticos, em todo o caso, para a mesma escola, os mestres da ciência Gregoriana conseguiram estabilizar a interpretação rítmica tradicional” (Le Guennant).

São esses detalhes rítmicos – desaparecidos – que a Escola de Solesmes restituiu, com os seus sinais rítmicos.

TERCEIRO PERIODO

– CAUSA DA DECADENCIA:

· 1.– Abandono progressivo das tradições rítmicas;

· 2.– Influência, cada vez maior, da polifonia nascente;

· 3.– Atribuição arbitrária de duração desigual às diversas formas de notas, em consequência da ignorância das origens da notação Gregoriana;

· 4.– Mutilação (e arrastamento) das melodias, na sua execução;

· 5.– O Renascimento, com o seu total desprezo por tudo quanto era Medieval;

· 6.– O desconhecimento completo das qualidades do acento tónico Latino na época Eclesiástica, no fim do séc. IV d.C. (cf. Chanoîne Coudray).

De tudo isto, resultou, em 1614, a chamada «Edição Mediciana», por ter sido impressa na tipografia dos Médicis, em Roma, edição que foi o ponto de partida de inumeráveis edições abreviadas, em que o Canto Gregoriano se tornou irreconhecível…
QUARTO PERIODO

– O RESTAURO:

O restauro do Canto Gregoriano – que deve o seu ponto de partida ao restabelecimento da Liturgia Romana em França, em consequência dos trabalhos de Dom Prosper Guéranger (Abade de Solesmes) – caracteriza-se pelo regresso às fontes, aos manuscritos, e foi, principalmente, levada a cabo pelos monges Benedictinos de Solesmes. Esta restauração tem três aspectos diferentes: primeiro, melódica e rítmica e, depois, modal.

RESTAURAÇÃO MELODICA

Em 1847, foi descoberto o manuscrito bilingue de Montpellier, por Danjou, organista em Paris.
Em 1848, o P. Lambillotte reconstitui um precioso manuscrito de St. Gall, atribuído ao diácono Romanus.
Em 1850, publicação da Edição «Rémo-Cambranense» (ou «Cambraiana»), tentativa de restauração julgada insuficiente pelo P. Lambillotte, que se recusou a fazer parte da comissão encarregada de a preparar.
Em 1856, Dom Jausions – por ordem de D. Guéranger (Abade de Solesmes) – começou a examinar os manuscritos de França.
Em 1880, D. J. Pothier publicou a sua célebre obra «Les mélodies Grégoriennes», segundo a tradição.
Em 1883, é publicado o «Liber Gradualis», para as Missas.
Em 1891, é publicado o «Liber Antiphonarius», para o Ofício Divino.
Em 1889, Dom Mocquereau – discípulo de D. Pothier – lança a famosa publicação Solesmiana a «Paleografia Musical», na qual defende a obra de restauro de D. Pothier, reproduzindo, pela fotografia, os manuscritos, para permitir ao mundo conhecedor seguir os trabalhos de restauração e, consegue destruir – no plano científico e artístico – o crédito da «Edição Mediciana», cujo privilégio havia sido renovado ao editor Pustet, de Ratisbonne, em 1873 (Chanoîne Coudray).
Em 1890, Dom Mocquereau funda o atelier de Paleografia Musical, no qual Dom Joseph Gajard se tornou o seu principal colaborador.
Em 1903, S. Pio X confia a uma comissão especial, em Roma, a redacção de uma edição oficial, baseada nos trabalhos de Solesmes: essa edição – chamada «Vaticana», por ter saído da Imprensa do Vaticano – apareceu em 1907, com o «Graduale» e, em 1912, com o «Antiphonale».
Um decreto da Sagrada Congregação dos Ritos, datada de 2-ABR-1911, autorizou Solesmes a empregar, na Edição Vaticana, os sinais rítmicos, cuja autenticidade era indiscutível. É sob essa forma que ela é, geralmente, mais utilizada, embora, em certos meios, prefiram ainda a Edição Vaticana pura, ou seja, sem sinais complementares de espécie alguma.

RESTAURAÇÃO RITMICA

Depois dos trabalhos do Cón. Chantier, em 1859, e dos de D. Pothier, Dom Mocquereau publica a importante obra «Le Nombre Musical Grégorien», em dois volumes, nos quais estuda o ritmo da melodia, o ritmo da palavra Latina e, finalmente, o acordo entre a melodia e o texto Latino.
A projecção da Escola de Solesmes e a difusão do método de interpretação tiveram, sobretudo na primeira metade e parte da segunda metade do séc. XX, uma enorme expansão, devido à criação de Escolas, entre as quais são de salientar:
– o «Instituto Pontifício de Musica Sacra», em Roma (1910);
– a «Escola S. Pio X», em Nova Iorque;
– o «Instituto Gregoriano de Paris» (1923): a este último estiveram ligados, em França, a maior parte dos Centros de Estudos Gregorianos de província, que se fundaram desde então.
O Director do Instituto Gregoriano de Paris – Mr. Le Guennant – retomando a tese de Dom Mocquereau, publicou «Précis de rythmique Grégorienne», em fascículos, nos quais mostra a perfeita consonância com as leis que regem a interpretação da Música, sob todas as suas formas.
Dom Gajard, por seu turno, publicou várias monografias, séries de artigos na «Revista Gregoriana» e, em 1951, «La Méthode de Solesmes».
RESTAURAÇÃO MODAL

Enfim, grandes investigações foram feitas, no campo da Modalidade, começadas por D. Hesbert Desroquettes e continuadas por Mr. Henri Potiron, Professor do Instituto Gregoriano de Paris, em íntima ligação com Solesmes, seguidas, mais tarde, por Dom Pièrre Combe, O.S.B., responsável que foi pelo atelier de Paleografia de Solesmes e, actualmente, por Dom Daniel Saulnier, O.S.B., também este, monge de Solesmes.
O canto Litúrgico da Igreja Católica foi constituído, no seu início, por elementos provenientes de origens diversas, das quais é difícil precisar a contribuição de cada uma delas. Porém, o que se pode notar é que as provenientes da sinagoga foram, evidentemente, bastante importantes e, que os primeiros cristãos utilizaram, certamente, nas suas assembleias, os Salmos e os cânticos Judaicos. Depois, à medida que as comunidades cristãs se multiplicaram – na Grécia e entre os Latinos, na Asia Menor e em Africa – novos elementos se juntaram às melodias primitivas, que assim se enriqueceram com a contribuição que lhes trouxe a diversidade cultural dessas civilizações.

sexta-feira, 7 de maio de 2010

SOLESMES E O LEGADO DO GREGORIANO


       Mencionar Solesmes é dizer “o” gregoriano, canto católico-romano por excelência nos ofícios litúrgicos. Foi neste austero mosteiro francês, 250 km a sudoeste de Paris, a meio caminho entre Le Mans e Angers, que o gregoriano renasceu no século XIX, após centenas de anos de esquecimento.
       Solesmes assinala este ano dez séculos de vida. Mais de mil anos decorreram desde que Raoul de Beaumont, visconde de Maine, cedeu ao irmão Geoffroy o terreno sobre o qual se ergueu a o conjunto, de acordo com a vontade do próprio Raoul. Em 12 de Outubro de 1010 foi dedicada da igreja de São Pedro, nome que ainda hoje designa a abadia.
       Nos dois primeiros séculos os monges viveram na prosperidade, até que em 1375 começou o declínio devido à Guerra dos Cem Anos. A abadia foi depois destruída pelos invasores ingleses, em 1425. A generosidade dos benfeitores apoiou o zelo de vários priores, que depois da reconstrução desenvolveram a comunidade. O crescimento económico e a renovação artística acompanharam uma reforma espiritual e disciplinar.

       A época moderna é marcada pelo domínio do rei de França, que passa a dispor do priorado de Solesmes e da abadia. Privados dos seus superiores regulares, os religiosos enfrentam uma vida cada vez mais precária, com cada vez menos religiosos e o desvanecimento do fervor espiritual.
A 13 de Fevereiro de 1790, a Constituição proibia os votos religiosos. No início do ano seguinte, a lei obriga os monges a dispersar. Dos sete padres apenas um se retira para a diocese de origem. Os outros resistiram e ficaram na abadia, mas não por muito tempo: as autoridades prenderam alguns religiosos e mais tarde deportaram-nos, embora não tivessem conseguido deitar a mão a todos. As instalações foram vendidas pelo Estado mas os compradores nunca chegaram a aparecer.
Em 1831, perante a iminente demolição da abadia, o P. Prosper Guéranger decide ocupá-la para nela retomar a vida beneditina. Ajudado por alguns amigos e encorajado pelo seu bispo, instala-se em Solesmes, com três companheiros, no dia 11 de Julho de 1833.



    A princípio, os meios eram humildes e os prognósticos nada favoráveis: o edifício estava deteriorado e a comunidade, dirigida pelo P. Guéranger, então com 28 anos, não tinha dinheiro nem brilho para atrair vocações e sobretudo não possuía experiência monástica.
       As dificuldades foram sendo vencidas com a ajuda de benfeitores e após quatro anos o superior desloca-se a Roma. A comunidade recebe a aprovação da Santa Sé, que a reconhece como autenticamente beneditina.
       A restauração da tradição monástica é apoiada pelo gregoriano: em pouco tempo, D. Guéranger reúne uma preciosa colecção de manuscritos de diversas abadias da Europa, que hoje formam a colecção de Solesmes, estudada por investigadores de todo o mundo.
    A prática do canto começou numa modalidade muito estreita: Guéranger pedia aos seus confrades que respeitassem o primado do texto e insistia na pronúncia e na inteligibilidade das palavras.



O esforço foi reconhecido: o então núncio em Paris, Angelo Roncalli, esteve muitas vezes nas celas de Solesmes; quando foi eleito Papa – Paulo VI – nomeou o então abade Jean Prou para presidente de uma congregação do Concílio Vaticano II e escutou os seus conselhos relativos à reforma litúrgica.

Hoje, os monges de Solesmes – 60, mais seis noviços – continuam a editar um disco por ano, tradição ininterrupta desde 1958. O carisma beneditino da abadia reflecte-se também no estrangeiro: em 1961 abriu uma fundação monástica em Keur Moussa, diocese de Dakar, Senegal; em 1996 foi fundado um mosteiro na Lituânia; nas últimas semanas, o claustro de Nossa Senhora da Anunciação, em Oklahoma, Estados Unidos, foi elevado a abadia. Ao todo são 23 os mosteiros que têm como referência este espaço de fé e história na terra da laicidade.